Atriz Beth Goulart lança seu primeiro livro

julho 07, 2022


Viver é uma arte: transformando a dor em palavras é livro de estreia de Beth Goulart. Repleto de afetos, de histórias de mãe e filha unidas pela arte, mas, acima de tudo, pelo amor e pela maternidade. A mãe, Nicette Bruno; a filha, Beth Goulart. 

Atrizes que dividiram a vida e o palco, que planejaram escrever um livro juntas, em que contariam um pouco de suas histórias, da filosofia e percepção sobre a vida, os momentos inesquecíveis de cumplicidade entre elas e em família.

Com prefácio de Nélida Piñon e posfácio de Fernanda Montenegro, a obra é uma homenagem a Nicette Bruno.



O amor de Nicette Bruno e Paulo Goulart atravessou décadas, gerações em frente à TV, nas plateias dos teatros. Estava combinado que Beth seria a narradora; Nicette faria uma costura, e com sua sabedoria iria tecer comentários sobre os temas como amor, afeto, família, fé e a arte que está no DNA de toda a família.

O livro começaria com a morte de Paulo Goulart em 2014, depois de uma luta de quatro anos contra um câncer, e como foi vivenciada essa perda tão profunda por elas. Mas a força tão poderosa do Teatro ajudou as duas a transformarem essa dor em arte, quando Beth fez a adaptação do livro Perdas e ganhos, de Lya Luft, e dirigiu sua mãe neste espetáculo, que foi uma catarse pessoal e coletiva.

“Foi uma forma de tirar mamãe daquele luto e transformar aquela tristeza em história, com as boas lembranças da vida que viveram, que vivemos com ele”, reflete Beth. Tudo seria compartilhado no livro como um dos temas mais significativos: a superação. Mas 2020 chegou com a inesperada pandemia pela Covid-19, e o processo do livro que havia começado há pouco tempo foi interrompido pela brusca e dolorosa partida de Nicette Bruno, após 21 dias do diagnóstico.

“Choque. Dor. Morte. Pausa. Silêncio. Amor. Pausa. Silêncio. Saudade. Fé. Eternidade. Essência. Luz. Amor. Pausa. Silêncio. Paz. Deus. Amor. Deus. Amor. Deus.” Essas são algumas das palavras compartilhadas logo após as primeiras páginas da apresentação de Beth Goulart para a publicação. Mais uma vez o luto foi necessário, e o livro teve que esperar o tempo de recolhimento da filha que precisou seguir sozinha seu caminho de transformação.




Uma família que viveu diante de uma plateia chamada Brasil, um país inteiro que aprendeu a amar aquele casal e seus filhos, todos dedicados à arte. Uma história que se mistura com a chegada da televisão na sala de jantar, com as novelas e a possibilidade de ver de “perto” os atores que representavam mocinhas e mocinhos, anteriormente reconhecidos apenas por suas vozes pelas radionovelas.

Beth conta que, ainda pequena, pegava os livros na coxia dos teatros e inventava histórias, já aos três anos seu avô dizia que seria escritora. Beth é atriz premiada, autora e diretora de teatro, cinema e televisão, narradora de documentários e obras inteiras de nomes como o de Cora Coralina, Nélida Piñon e Clarice Lispector. Esta última lhe rendeu vários prêmios com atuação e direção do espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector.

Viver é uma arte: transformando a dor em palavras relata em sua primeira etapa as histórias do amor, da família e da arte do casal Nicette e Paulo. Nestas primeiras páginas, está lá o combinado: a narradora Beth, os comentários amorosos de Nicette. Depois, a experiência da filha sem a mãe, a dor da perda, o se descobrir sozinha e por conta própria.

E ao seguir com os ensinamentos deixados pela mãe, Nicette, para a filha, Beth, quem ganha é o leitor de Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento), que pode conhecer um pouco mais de Beth Goulart, a autora que transformou sua dor em palavras de sabedoria, ao partilhar suas vivências com todo um país, como forma de amor e homenagem a sua Nicette Bruno. 

Sobre Beth Goulart 















Beth Goulart é dramaturga, diretora, cantora, palestrante e atriz brasileira de teatro, cinema e televisão. Com o amor pelas artes herdado dos pais, Nicette Bruno e Paulo Goulart, a atriz não poderia seguir outro caminho. Sua estreia profissional foi na peça Os efeito dos raios gama sobre as margaridas do campo (1974), que lhe rendeu a indicação ao Prêmio APCA como atriz revelação. 

Como melhor atriz, ganhou inúmeros prêmios: Shell Rio 2000, por Decadência; Prêmio Qualidade Brasil 2000 por Somos Iirmãs; Prêmio UNESCO 2003, pelo monólogo Dorotéia minha; bem como os cinco prêmios dedicados ao espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector (2009), de sua autoria e direção. 

Até o presente momento, participou de mais de 30 novelas em várias emissoras e 12 longas-metragens. Atualmente, é membro da Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de número 22, cujo patrono é sua mãe, Nicette Bruno. Viver é uma arte é seu livro de estreia como escritora fora da dramaturgia.

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E tem lançamento logo mais no Rio de Janeiro! Dia 12/07, terça-feira, na Livraria da Travessa no Shopping Leblon às 19hrs! Vamos? Esperamos vocês lá!

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