ENTREVISTA: Larissa Molina e Vivian Limongi

maio 13, 2019

Larissa Molina e Vivian Limongi começaram a escrever ainda na adolescência, cresceram e realizaram seu sonho de serem escritoras. Começaram a escrever suas histórias, pois não achavam nos livros as narrativas que queriam ler. Hoje, elas tem um livro publicado pela Editora Letramento, “A Intocável: Um Amor, Um Pacto, Uma Renúncia” e outras histórias disponíveis na plataforma Wattpad. 

A Intocável, seu primeiro romance publicado, conta a história de Aimon González e Alicia Maltez. Ele é o empresário mais bem-sucedido da Argentina, que não consegue esquecer a esposa falecida. A dor do remorso por perdê-la em um acidente provocado por ele, sufocava-o. Mas um encontro inesperado o aproximará da estilista de sua empresa, Alicia Maltez, que, com paixão e ousadia, lutará para conquistá-lo. Contudo, uma viagem a Marrocos trará uma perigosa descoberta e colocará em risco a felicidade dos dois.

Larissa e Vivian contaram para gente um pouco sobre o processo de criação de Intocável e sobre suas trajetórias como escritoras. 

De onde surgiu a ideia de criar a intocável? E quais foram suas descobertas ao longo desse processo?

Desde muito jovens escrevemos romances, “A Intocável” veio para completar a engrenagem mágica que nos move desde muito cedo para a criação de histórias inéditas, com personagens envolventes. Imaginamos, inicialmente, uma trama instigante, em que o leitor fosse levado para uma viagem misteriosa com destino a Marrocos e, a partir do nosso protagonista, buscamos inspirar recomeços após grandes perdas. 
A partir desse projeto, descobrimos a cidade de Rabat com suas burcas, incensos e comidas típicas, sem nunca termos visitado o local. Além disso, nós percebemos que nos tornamos mais profissionais na construção de enredo e estruturação do processo produtivo, aprofundando também a elaboração dos perfis dos personagens. 

A Alicia, protagonista do seu livro, é uma mulher forte. Vocês buscaram que tipo de referências para dar vida a ela?
A personalidade de Alicia é totalmente fruto da nossa imaginação, porém a sua rotina de trabalho e a composição de seus looks, são inspiradas em estilistas famosas. 

Vocês diriam que também são protagonistas de sua própria história?
Sim, nós acreditamos em nossa trajetória como autoras desde crianças e fomos firmes em lutar por ela, a exemplo disso, citamos nosso sonho, hoje concretizado, de um dia vermos nossas histórias em grandes livrarias e vivermos, inclusive, a experiência de uma noite de autógrafos em uma delas. Nós sempre lutamos por aquilo que acreditamos. 

Quando surgiu o amor por leitura e escrita na vida de vocês? Em que momento da vida vocês descobriram que queriam ser escritoras?
Começamos a escrever quando tínhamos 12 (Larissa) e 14 (Vivian) anos, queríamos escrever a história que não encontrávamos nos livros; também foi uma forma de viajarmos no tempo, pesquisando costumes e hábitos do século XVII, pois nossa primeira obra foi uma ficção histórica.  

Vocês começaram escrevendo na plataforma Wattpad quando eram mais novas. Vocês veem muita diferença entre escrever um livro dedicado para uma plataforma online e escrever um que será publicado? Como é a relação com os leitores nesses dois casos?
Consideramos que sempre nos dedicamos com afinco à escrita e nos preocupamos com o leitor, independentemente da forma de publicação. No Wattpad existe uma interação maior com o leitor, haja vista a possibilidade de feedback instantâneo, no exato momento da leitura. 
 Destacamos, porém, que o livro físico nos dá a oportunidade ímpar de nos aproximarmos do leitor através de autógrafos e dedicatórias no próprio livro, e isso nos faz estar ligadas eternamente a ele.

Quem são suas maiores influências literárias? Quais leituras foram fundamentais durante a carreira de vocês?
A maior influência literária foi a autora Nora Roberts, a dama dos romances. Podemos citar alguns livros marcantes dela como “A Pousada do Fim do Rio” e a “Triologia da Magia”. 

Vocês enxergam como um desafio publicar um livro no Brasil? Se sim, qual é a maior dificuldade para autoras nacionais hoje no mercado editorial?
Enxergamos a publicação de livros no Brasil como um desafio árduo, mas não impossível. Infelizmente, o Brasil não é conhecido como um país de numerosos leitores, além disso, o incentivo à leitura é culturalmente mínimo e, quando ele existe, vem de minorias que acreditam no poder da literatura. 
Ainda, estamos vivendo um momento crítico de transformações do mercado editorial, em que é preciso se reinventar para coexistir com os livros digitais. Cabe a nós, autores, nos esforçarmos para desenvolver histórias de qualidade que preencham o coração de nossos leitores, e não só isso, devemos também nos dedicar às boas estratégias de divulgação para chegarmos ao maior número de pessoas. Unido a tudo isso, colocar uma pitada de fé e esperança. 

Vocês têm uma rotina específica para escrever? Como funciona a parceria em dupla?
Escrever em dupla muda totalmente a rotina para elaboração de um livro. Nós costumamos pensar em conjunto toda a história, a dividimos em capítulos e criamos um resumo para cada um deles.
Depois, repartimos a produção dos capítulos entre nós e buscamos nos dedicar quase todos os dias para a produção da obra. Estamos sempre em comunicação e na conjunção de ideias. Ao término do projeto, trabalhamos para alinhar o livro em uma única linguagem. 

Por fim, quais os projetos que vocês têm para o futuro? Alguma nova história que prestes a nascer?
Como citado anteriormente, nós escrevemos um livro de ficção histórica, intitulado “Como Pétalas ao Vento”, estamos trabalhando na revisão dele e no amadurecimento do enredo, com a proposta de disponibilização no site da Amazon ainda este ano.  E já que somos duas escritoras incansáveis, estamos imaginando uma história inédita para o futuro. 

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