Entrevista: Gio Fochi

abril 08, 2020





A Trilha Sonora de uma Garota qualquer foi a a primeira de muitas histórias que Gio Fochi tem para contar. Tudo começou com o incentivo da melhor amiga que também escreve e, a partir daí, a obra surgiu. Giovana é de São Paulo e nasceu em 1998. Atualmente, está cursando Letras e pretende futuramente trabalhar em uma editora.

Seu livro, narra a história de Glória, uma garota que, por já ter perdido muitos amigos no passado, receia se apegar demais aos novos da faculdade, onde já está cursando seu segundo ano. Tudo ia bem até o desaparecimento de uma garota, que surpreendentemente reaparece no meio de uma noite, porém antes de chegar a um lugar seguro, é assassinada a sangue frio. 

Convidamos essa autora incrível para uma pequena entrevista em que ela nos conta um pouco sobre seu livro, aspirações pessoais e projetos futuros. 

1. A Trilha Sonora de uma Garota Qualquer é um romance com pitada de suspense com várias reviravoltas. Nos conte um pouco sobre seu processo de criação. Foi difícil escrever essa história?

Quando comecei a escrever minha história, não tinha intenção de levá-la a público, porque eu não tinha ideia de como seria o desenrolar do enredo, não sabia se a obra ficaria boa e nem se conseguiria passar alguma mensagem como eu queria. 

Tenho esse costume de começar a escrever antes de ter ideias completas sobre a história toda, porém os personagens principais como Gloria e Arthur já tinham um passado comigo em outra história, foi então que minha melhor amiga me deu a ideia de escrever sobre uma época em que eles estivessem na faculdade. 

A partir daí, eu já estava apta a incluir na obra o gênero que mais gosto tanto de ler quando de assistir, o suspense. Pesquisei bastante para não escrever algo errado e deixar tudo bem próximo da realidade, apesar de sempre poder usar a desculpa de que no meu universo qualquer coisa pode acontecer.

2. O seu livro tem uma playlist especial para cada capítulo. Como surgiu a ideia e como foi feita a escolha das músicas?

Músicas me inspiram para qualquer coisa, acredito que para muitas pessoas é assim também. As músicas trazem sentimentos e eu queria que meu gosto musical acompanhasse a trajetória da Gloria também porque ela está em uma faculdade de arte que dá grande importância a música. Escolhi as músicas a partir dos acontecimentos dos capítulos e de acordo com o que eu ouvia na época em que escrevi.

3. Qual foi o personagem mais complicado de desenvolver na trama? E qual você se apegou mais?

O personagem mais complicado certamente foi o vilão, eu não sabia se tinha deixado as intenções dele muito claras, pois por ser um suspense eu deveria esconder tudo, e nem se o passado dele justificava todas as crueldades que ele estava fazendo. 

Porém, acredito que por fim ele concluiu seu papel sem precisar dar as caras de novo. Sou muito apegada ao Arthur, ele é o típico bad boy que tem talento, é rude, mas chora quando está sozinho, eu vi esse personagem literalmente crescer comigo, ele já era alguém que eu trabalhava desde a adolescência em outra história, na qual Gloria também é adolescente. Ver Arthur adulto e cheio de revolta me fez sentir o mesmo que a Gloria, ela queria ajudá-lo a voltar a ser quem ele era: gentil.

4. Defina sua obra em uma palavra.

Amizade 

5. O gênero Young Adult é constantemente chamado de 'baixa literatura' por alguns leitores. O que você acha dessa afirmação? É difícil ser uma autora deste gênero?

Discordo dessa afirmação, não acho que qualquer literatura tenha que ser rotulada dessa forma, não deveria existir baixa ou alta literatura. Os livros estão aí para serem lidos por quem quiser, o gênero Young Adult é o que mais vejo crescer atualmente, eles são cheios de representatividade da nossa geração e é o que outras pessoas da mesma idade procuram. 

Um adolescente não vai procurar ler uma obra clássica para se divertir, podem haver exceções obviamente, mas no meio em que cresci não acho que as obras antigas com uma leitura mais complexa vão trazer todos os sentimentos que tenho ao ler Young Adult. Claro que os clássicos jamais devem ser esquecidos, e há quem se divirta lendo ainda hoje, mas eu particularmente prefiro apenas usar essas obras como estudo do passado histórico da literatura.

Não vejo dificuldade em escrever esse gênero, acredito que esse tipo de livro só tem a crescer porque precisamos de uma literatura que acompanhe nosso tempo.

6. Você é uma autora jovem. Sempre quis ser escritora? Como descobriu que era este o caminho que gostaria de seguir?

Aos treze anos, comecei a escrever alguns relatos da minha vida por necessidade, porém foi com catorze anos que comecei minha primeira história: a primeira versão do passado da Gloria. No início era apenas por diversão, mas a escrita se tornou compromisso quando eu e minha melhor amiga nos juntamos nessa jornada. 

Queríamos publicar uma obra, porém as palavras “sonho de ser escritora” só se intensificaram depois que eu já tinha escrito muitas histórias de vários gêneros, apesar de que acredito que implicitamente essa sempre tenha sido minha vontade. 

Contudo aquela primeira versão estava infantil e louca demais para uma publicação séria, por isso abandonei a ideia e escrevi sobre uma época mais sombria da vida de Gloria porque os personagens que ficaram no meu coração mereceram uma segunda chance.

7. Quem são suas maiores influências literárias? Quais leituras foram fundamentais para você criar seu estilo de escrita?

Paula Pimenta (autora de fazendo meu filme) e Kiera Cass (autora de A Seleção) foram as mulheres que me apresentaram em primeira mão como se construía uma história romântica. A primeira impressão é a que fica, então acredito que eu ainda carregue um jeitinho delas enquanto escrevo. 
Atualmente minha maior influência é a Bel Rodrigues (autora de 13 Segundos e booktuber), pois ela é quem sempre está falando do meu gênero preferido no seu canal do Youtube.

8. Por fim, você tem mais projetos para o futuro? Já sabe sobre qual a nova história que gostaria de escrever?

Tenho com certeza muitos projetos para o futuro, os que posso dizer com certeza, é a segunda parte do meu livro A Trilha Sonora de uma Garota Qualquer, muitos podem pensar que não havia necessidade de uma continuação para um livro que teve um final bem concluído, porém eu queria escrevê-lo porque a relação dos personagens ainda precisava muito ser trabalhada. 

Estou corrigindo essa obra ainda sem título antes de enviar para a Letramento , mas provavelmente com tudo o que está acontecendo só vou conseguir publicar ano que vem se tudo der certo. 

Um projeto que tenho para esse ano é publicar um conto de título Amanhã na Ponte em E-book no KDP Amazon. A história se passa em uma vila isolada na beira da estrada onde Kiel mora com sua família. Sempre que está entediado como todas as noites, ele vai até a passarela e observa os carros passarem, até que uma mulher diferente começa a atravessar a ponte e o que mais fascina Kiel nela, é a tatuagem de lua em seu tornozelo igual a que ele também tem.




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