Entrevista: Livia Osti

julho 14, 2021


Se você é fã de um bom romance e acompanha os lançamentos da Letramento, provavelmente já sabe que a pré-venda promocional de "Em Apenas um Ano" está no ar. 

A obra, escrita por Livia Osti, conta a história de Catarina e Bernado que não tem nada em comum, a não ser precisar desesperadamente de alguém para dividir o valor do aluguel. O único problema é que acabar se apaixonando não estava no contrato.





Esse romance perfeito para esquentar o coração vem acompanhado de um marcador personalizado e um cartão postal com uma ilustração incrível da nossa protagonista para quem comprar na pré-venda que vai até dia 24/07. 


Enquanto o livro não chega na casa de nossos queridos leitores, convidamos Livia para uma pequena entrevista em que ela nos conta um pouco sobre o livro, seu processo criativo e trajetória profissional.

Já queremos adiantar que Lívia Franco Osti nasceu em 1995 e garante que nada a define melhor do que o fato de ser libriana com ascendente em Áries. Ela é engenheira de Materiais de formação, mas sempre teve uma conexão inexplicável com a escrita. Romântica incurável, é uma pessoa apaixonada por chá, chuva e um bom chicklit, mas, assim como suas mocinhas, jamais recusa uma boa taça de Pinot Noir. 

Confira a entrevista:

1) Primeiro, nos conte um pouco sobre você. Quem é Livia? Qual foi a sua trajetória até se tornar, além de tudo, escritora?


Eu tenho 25 anos, sou engenheira de materiais de formação, porém hoje em dia trabalho no mercado financeiro e eu gosto de trazer um pouco destes dois mundos para minhas histórias!

 Durante a faculdade, eu tive a oportunidade de realizar um intercâmbio para a Alemanha e posso dizer sem sombra de dúvidas que foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Eu gosto de dizer que sou libriana com ascendente em áries (para as pessoas que curtem signos), muito fã da Disney e dos seus finais felizes.

 Acredito que por trabalhar muito com números e dados, escrever se tornou uma válvula de escape para um dia tenso ou uma semana corrida. Às vezes, também, eu penso que livros recomendam pessoas, então se eu encontro alguém que amou a mesma história que eu, já sinto que nos tornamos melhores amigos.

2) Como surgiu a ideia de escrever em "Em apenas um ano"? Qual foi a trajetória dele até ser finalmente publicado?

Eu amo escrever sobre comportamento humano, mesmo que minha formação não tenha nada a ver com o assunto, então um dia eu acordei e pensei "o que aconteceria se nós colocássemos duas pessoas polarmente opostas para morarem juntas?". 

E desde o primeiro momento eu me apaixonei perdidamente por esta história e pelos personagens. O quanto mais eu escrevia, mais eu me sentia próxima a eles, entendendo seus dilemas, seus medos e seus sonhos, e acho que isso fez com que eu tivesse um apego especial a toda a trajetória que eles percorreram durante a história. 

O livro foi escrito em sua primeira versão entre 2017 e 2018, e, antes de efetivamente chegar às mãos da Letramento, ele esteve disponível no Wattpad e conquistou mais de cem mil visualizações!


3) Sobre o enredo de “Em apenas um ano”: o que o leitor não pode deixar de saber antes de decidir se quer comprá-lo?

Essa é uma história sobre crescimento profissional (afinal, o lugar da mulher é onde ela quiser, inclusive como líder em uma área de engenharia), acreditar em si mesma (ser fiel a quem você é e aceitar as diferenças entre as pessoas) e querer ter por perto pessoas que te querem bem (muitas vezes aceitamos menos do que merecemos, pois acreditamos que aquilo é o máximo que receberemos e normalmente estamos errados). 

Em apenas um ano é um livro sobre amar sem filtros.

4) Quais foram as suas maiores referências literárias para desenvolver a história de Bernardo e Catarina?

Eu sou uma leitora voraz e me inspiro muito em duas autoras que sempre me fascinam com suas tramas e seus personagens: Carina Rissi e Cassandra Clare.

5) Falando em referências literárias, como funciona o seu processo criativo na hora de desenvolver suas histórias? Conta um pouquinho para gente.

Eu acho que para muitos escritores o planejamento é tudo, mas, para mim, eu amo poder olhar para a página em branco do Word e me perguntar "O que eles vão fazer agora?" e a resposta simplesmente escapar pelos meus dedos. 

Minhas histórias são quase entidades vivas que possuem vontades e medos delas, e eu, como escritora, tento entender cada um deles e colocar no papel, por isso o primeiro rascunho é muito cru, tendo ali todos os fatos que eu preciso que aconteçam para poder contar aquela história, e apenas depois (com uma playlist de músicas tocando) eu começo a amarrar as pontas e colocar aqueles detalhes que todo leitor ama (seja uma peculiaridade, um sentimento ou um questionamento).

6) ”Em apenas um ano” foi publicado primeiramente no Wattpad, correto? O que os leitores podem esperar de diferente desta nova edição?

Corretíssimo! Uma das grandes mudanças, na minha opinião, é a "causa e consequência" do livro. Antes, acredito eu, que nós víamos muitos acontecimentos, porém as consequências deles eram suavizadas para não adentrar alguns tópicos delicados, mas nesta versão nós vamos mergulhar de cabeça em diversos assuntos e eu estou mais do que animada para poder conversar com vocês sobre cada um deles! 

Além disso, acho que a outra grande mudança entre estas duas versões são Bernardo e Catarina em si, e a dinâmica deles. Existe uma cena em específico que não estava na primeira versão do Wattpad que se tornou uma das minhas preferidas, porque nós conhecemos e entendemos esses dois em um nível que antes não era possível. É realmente como assistir seus melhores amigos buscando seu lugar no mundo e torcendo para que eles o encontrem.



7) Apesar de “Em apenas um ano” ser seu primeiro livro publicado por uma editora, você já deu vida a outras histórias, correto? Conta um pouco para gente sobre a sua experiência com publicação independente.

Eu nunca publiquei um livro de maneira independente em um site que não seja o Wattpad e o Orkut, porém, mesmo assim, acho que a publicação é o sonho e o objetivo de qualquer escritor. Ela funciona como um termômetro de crítica, opinião, aceitação dos personagens e o resultado de tudo isso é o amadurecimento e evolução. 

Além disso, eu participo de comunidades de escritores iniciantes que enfrentam os mesmos dilemas que eu, portanto conheço as dores de quem depende exclusivamente da escrita para alcançar sua independência financeira e esbarram ainda muito jovens em um momento decisivo da vida com relação aos caminhos (escolhas) que te fazem feliz e as que te sustentam.

 Isso me faz pensar o quão difícil é se dedicar exclusivamente a este sonho e tentar viver de forma independente apenas do “fruto” do seu trabalho. Nesta questão eu também amadureci demais... antes, a escrita era uma parte extremamente prazerosa da vida. 

Hoje entendo que o desejo da publicação seja independente ou não, requer uma porção de outras habilidades e apoio que eu nem imaginava que seriam necessárias: ser um pouco empresária e negociar o preço da capa, ser um pouco advogada e ler atentamente qualquer contrato a ser assinado, ser um pouco marqueteira e “vender” seu livro diariamente para que o tema fique sempre na cabeça das pessoas até que comprem o livro (no prazo desejado), deixar a timidez de lado e colocar o rosto nas mídias para ser lembrada todos os dias, ser um pouco contadora e acompanhar os números das vendas, os objetivos etc... 

Enfim, escrever é um pedaço do ciclo que eu chamo de prazer... e os demais passos são as responsabilidades que assumimos para ver este sonho realizado.

8) Na sua opinião, quais são os maiores desafios que um autor nacional enfrenta nos dias atuais?

A falta do hábito da leitura ainda é um grande desafio para escritor aqui no Brasil, pois além de todas as dificuldades que temos que batalhar todos os dias, temos que competir com bestsellers internacionalmente conhecidos, ou seja, precisamos ser apelativos e conquistar um público que naturalmente não consome a literatura com frequência. 

Eu acredito que muitas pessoas acabam desistindo de ler, pois não encontram aquele livro que te faz perder horas de sono para descobrir o final e continuar pensando nele mesmo após a última página, porém eu tenho certeza de que existe um livro desses para todas as pessoas, basta a gente procurar e continuar tentando até encontrar.

9) Por fim, após o lançamento de “Em apenas um ano”, quais os seus planos para o futuro? Pensa em publicar outros livros? Existe alguma história nova em construção?

Acho que um escritor está com o eterno status "escrevendo" em sua mente, porque eu não tenho certeza se existiu algum período da minha vida em que eu não escrevi, então sim, tenho algumas histórias em desenvolvimento que pretendo tentar publicar no futuro e, quem sabe, não consigo trazer novas tramas e personagens tão cativantes quanto Bernardo e Catarina para vocês. Se depender de mim, teremos vários ainda por vir!


Curtiu a entrevista? Comenta aqui embaixo se tiver mais alguma curiosidade sobre Em Apenas um ano! Caso você ainda não tenha adquirido seu exemplar, corre aqui! A pré-venda com brindes é limitada.

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